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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Protozoários

Doenças causadas por protozoários 

Podem ser contraídas de diferentes formas. Dentre as principais vias de contaminação, podemos citar a fecal-oral, a contaminação por agentes hematófagos (um hematófago é um parasita que se alimenta de sanguee a que ocorre através de relações sexuais. Entender a forma de contágio é fundamental para criar hábitos que evitem a contaminação por esses seres. 
Entre as principais doenças podemos destacar:

Doença de Chagas 

A doença de chagas é transmitida pelo barbeiro, um inseto encontrado em várias partes do Brasil. O protozoário Trypanosoma cruzi passa para o corpo humano quando o barbeiro pica o organismo em busca de sangue. Após a sucção, o barbeiro libera suas fezes na pele, causando coceira. Ao coçar, o indivíduo acaba por jogar as fezes infectadas do barbeiro em sua corrente sanguínea. 
O barbeiro é contaminado ao sugar o sangue de um órgão atingido. O parasita se reproduz no intestino do barbeiro, após passar de tripomastigoto para epimastigoto. 
Veja o artigo completo aqui

Malária 

A malária é causada por protozoários do gênero Plasmodium, como o Plasmodium vivaxPlasmodium falciparum, Plasmodium malariae e Plasmodium ovale: os dois primeiros ocorrem em nosso país e são mais frequentes na região amazônica.
Tem como vetor fêmeas de alguns mosquitos do gênero Anopheles. Que liberam os parasitas no momento da picada, em sua saliva. Transfusão de sangue sem os devidos critérios de segurança, seringas infectadas e mães grávidas adoecidas são outras formas em que há a possibilidade de contágio.

No homem, os esporozoítos infectantes se direcionam até o fígado, dando início a um ciclo que dura, aproximadamente, seis dias para P. falciparum, oito dias para a P. vivax e 12 a 15 dias para a P. malariae, reproduzindo-se assexuadamente até rebentarem as células deste local (no mosquito, a reprodução destes protozoários é sexuada). Após esses eventos, espalham-se pela corrente sanguínea  e invadem  hemácias, até essas terem o mesmo fim, causando anemia no indivíduo.

Febre alta, sudorese e calafrios, palidez, cansaço, falta de apetite e dores na cabeça e em outras regiões do corpo são os principaiss sintomas que podem se manifestar a cada 48 horas, caso a infecção tenha sido causada pelo P. falciparum ou pelo P. vivax; e a cada 72 horas quando o agente causador é o P. malarie (febre quartã). Essa primeira espécie pode, ainda, afetar vários órgãos e sistemas do corpo, como o sistema nervoso e aparelho respiratório.

Para confirmar a presença do parasita no sangue, a análise é feita por meio de uma pequena amostra, geralmente retirada da ponta do dedo do paciente (teste de gota espessa). Otratamento é feito com o uso de fármacos orais e deve ser iniciado o mais rapidamente possível, para evitar complicações como anemia, icterícia e mau funcionamento dos órgãos vitais, além dos riscos que um indivíduo acometido pelo P. falciparum pode estar sujeito. 

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Nematelmintos


Principais características dos Nematelmintos:

Os Nematelmintos ou Nematódeos também conhecidos popularmente como vermes cilíndricos, são animais pertencentes ao filo Nematódeo, reino Animália e Domínio Eukaryota. 

- O corpo dos Nematelmintos é cilíndrico, não segmentado e alongado.

- São triblásticos (possuem três tipos de tecidos): exoderme, mesoderme e endoderme.

- Possuem sistema nervoso parcialmente centralizado.

- Possuem sistema digestivo completo.

- Apresentam sistema excretor formado por dois canais longitudinais.

- Apresentam corpo com simetria bilateral e três camadas germinativas.

- Não apresentam sistema circulatório e respiratório (as trocas gasosas ocorrem por difusão através da superfície corporal).

- Algumas espécies são terrestres enquanto outros habitam a água (principalmente água doce).

- Algumas espécies são microscópicas, enquanto outras podem atingir até 10 metros de comprimento.

- A maior parte das espécies possui fecundação interna.



Principais doenças  

  • Ascaridíase popularmente conhecida como lombriga, a ascaridíase é uma parasitose causada pelo verme nematódea Ascaris lumbricoides.


Conhecendo a ascaridíase 

Este parasita de reprodução sexuada pode chegar até 40 cm de comprimento. Geralmente a fêmea possui tamanho bastante superior ao macho.

Seus ovos são “microscópicos” e costumam sair junto às fezes de seu hospedeiro. Seu desenvolvimento se dá em ambientes quentes e úmidos. O solo de países de clima tropical é o tipo de ambiente considerado ideal ao seu desenvolvimento.

Contaminação e ciclo

A contaminação por este parasita ocorre através do consumo de água ou alimentos infectados por seus ovos.

Depois de ingeridas, as larvas são liberadas no intestino delgado e alcançam o sistema circulatório, chegando ao fígado, onde crescem num período inferior a uma semana. Após isso, elas retornam a corrente sanguínea passando pelo coração e pulmões.

Dentro dos pulmões, elas absorvem mais nutrientes e oxigênio em abundância para garantir seu crescimento. Quando crescem demasiadamente para continuarem dentro dos alvéolos pulmonares, estas larvas sobem em direção a faringe, onde são em sua maioria engolidas.

Através do tubo digestivo elas alcançam o estômago e chegam ao local onde completam o seu desenvolvimento até a fase adulta: o intestino delgado.

Durante seu período de permanência dentro do intestino delgado de seu hospedeiro, ela se reproduzirá e liberará novos ovos que darão início a toda a trajetória já explicada.



Prevenção

A higiene pessoal e o saneamento básico são importantes fatores de prevenção à infecção por este parasita. Medidas de higiene durante o preparo de alimentos, principalmente com relação às verduras, também são medidas indispensáveis.
Ancilóstomos, lombrigas, oxiúros e filárias são alguns exemplos de nematelmintos que parasitam os seres humanos . Vamos conhecê-los melhor.

  • Oxiurose: Coceira Anal
O que é?
É uma inflamação causada pelo verme Oxyurus vermicularis (ou Enterobius vermicularis) que se aloja no intestino grosso. Entenda-se por inflamação um processo de reação a um agente irritante que atinge um ser vivo. Caracteriza-se por edema (inchaço), hiperemia (vermelhidão), hiperestesia (aumento da sensibilidade dolorosa) e aumento da temperatura local eventualmente se acompanha de diminuição funcional e na dependência do local atingido pode passar sem que se perceba o processo.

Transmissão
Esta verminose é adquirida pela chegada dos ovos deste parasita ao aparelho digestivo através de mecanismos como: a - deglutição - junto com alimentos, poeira de casa, objetos, animais, roupas contaminados com ovos dos oxiúros. Auto-infestação, no ato de coçar o ânus os ovos podem aderir aos dedos e então levados à boca. Após a deglutição dos ovos, no intestino as larvas se transformam em adultos, as fêmeas guardam os ovos fecundados e os machos morrem. As fêmeas migram para o cólon e reto, de noite elas Saem pelo esfíncter anal e depositam ovos na região anal e perianal.

Sintomas
Exceto pelo prurido (coceira) anal e por ocasionais episódios de diarréia a maioria das pessoas não sente nada. Infestações intensas podem causar vômitos, diarréia freqüente inclusive com excesso de gordura nas fezes, prurido anal constante, insônia. Irritabilidade, perda de peso, chegando à desnutrição.

Como se faz o diagnóstico?
O diagnóstico pode ser evidenciado pela visualização dos vermes nas fezes (raro), em pesquisa de ovos no exame parasitológico de fezes e mais comumente pela pesquisa de ovos na região perianal e anal através de raspado anal (swab) ou fita adesiva. Prevenção
A higiene de um modo sistemático, mãos, alimentos, animais, roupas, roupas de cama, brinquedos é eficaz na prevenção. O uso de água sanitária (diluição de 1/3) serve para maior eficácia na limpeza de objetos que não sejam atacados pelo cloro.


  • Filariose: elefantíase

O que é: A filariose ou elefantiase é a doença causada pelos parasitas nemátodes Wuchereria bancroftiBrugia malayi e Brugia timori, comumente chamados filária, que se alojam nos vasos linfáticos causando linfedema. Esta doença é também conhecida como elefantíase, devido ao aspecto de perna de elefante do paciente com esta doença. 

Transmissão:
Tem como transmissor os mosquitos dos gêneros Culex, Anopheles, Mansonia ou Aedes, presentes nas regiões tropicais e subtropicais. 
Mosca Chrysomya, varejeira
Sintomas:
O período de incubação pode ser de um mês ou vários meses. A maioria dos casos é assintomática, contudo existe produção de microfilárias e o indivíduo dissemina a infecção através dos mosquitos que o picam.

Diagnóstico e prevenção

 diagnóstico é pela observação microscópica de microfilárias em amostras de sangue. Caso a espécie apresente periodicidade noturna, é necessário recolher sangue de noite, de outro modo não serão encontradas. A ecografia permite detectar as formas adultas. 
São usados antiparasíticos como mebendazole. É importante tratar as infecções secundárias.

 Prevenção

Há um programa da OMS que procura eliminar a doença com fármacos administrados como prevenção e inseticidas. É útil usar roupas que cubram o máximo possível da pele, repelentes de insetos e dormir protegido com redes.


  • Ancilostomiose: Amarelão

Sintomas: No local da penetração das larvas filarióides, ocorre uma reação inflamatória (pruriginosa). No decurso, pode ser observada tosse ou até pneumonia (passagem das larvas pelos pulmões). Em seguida, surgem perturbações intestinais que se manifestam por cólicas, náuseas e hemorragias decorrentes da ação espoliadora dos dentes ou placas cortantes existentes na boca destes vermes. Estas hemorragias podem durar muito tempo, levando o indivíduo a uma anemia intensa, o que agrava mais o quadro. 

Poderão ocorrer algumas complicações, tais como: caquexia (desnutrição profunda), amenorréia (ausência de menstruação), partos com feto morto e, em crianças, transtornos no crescimento.

Prevenção e tratamento

As principais medidas de prevenção consistem na construção de instalações sanitárias adequadas, evitando assim que os ovos dos vermes contaminem o solo; uso de calçados, impedindo a penetração das larvas pelos pés. Além do tratamento dos portadores, é necessária uma ampla campanha de educação sanitária. Caso contrário, o homem correrá sempre o risco de adquirir novamente a verminose. 

No tratamento dos doentes, o remédio clássico é o befênio; também são eficazes o pirantel, mebendazol e tiabendazol.

Ciclos de Vida 

Ancilostomose: Os vermes adultos vivem no intestino delgado do homem. Depois do acasalamento, os ovos são expulsos com as fezes (a fêmea do Ancylostoma duodenale põe até 30 mil ovos por dia, enquanto que a do Necator americanus põe 9 mil). Encontrando condições favoráveis no calor (calor e umidade), tornam-se embrionados 24 horas depois da expulsão. 
A larva assim originada denomina-se rabditóide. Abandona a casca do ovo, passando a ter vida livre no solo. Depois de uma semana, em média, transforma-se numa larva que pode penetrar através da pele do homem, denominada larva filarióide infestante. 
Quando os indivíduos andam descalços nestas áreas, as larvas filarióides penetram na pele, migram para os capilares linfáticos da derme e, em seguida, passam para os capilares sanguíneos, sendo levadas pela circulação até o coração e, finalmente, aos pulmões. 
Depois, perfuram os capilares pulmonares e a parede dos alvéolos, migram pelos bronquíolos e chegam à faringe. Em seguida, descem pelo esôfago e alcançam o intestino delgado, onde se tornam adultas. 
Outra contaminação é pela larva filarióide encistada (pode ocorrer o encistamento da larva no solo) a qual, se é ingerida oralmente, alcança o estado adulto no intestino delgado, sem percorrer os caminhos descritos anteriormente.
 
Porção anterior de Ancylostoma duodenale
mostrando boca com dentículos dilacerantes.
Ciclo de vida detalhado.
Filariose: elefantíase
As larvas são transmitidas pela picada dos mosquitos e da mosca Chrysomya conhecida como Mosca Varejeira. Da corrente sanguínea elas dirigem-se para os vasos linfáticos, onde se maturam nas formas adultas sexuais. Após cerca de oito meses da infecção inicial, começam a produzir microfilárias que surgem no sangue, assim como em muitos órgãos. O mosquito é infectado quando pica um ser humano doente. Dentro do mosquito as microfilárias modificam-se ao fim de alguns dias em formas infectantes, que migram principalmente para a cabeça do mosquito.




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Assista a teleaula abaixo sobre os nematelmintos para revisar o conteúdo do post 




André Ruas Nº03
Gabriel Augusto Nº06

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Protozoários

Os protozoários são organismos exclusivamente unicelulares, ou seja, formados por uma única estrutura celular, sendo a maioria heterotrófica. Portanto, não consegue converter (sintetizar) matéria orgânica a partir da inorgânica, necessitando absorver os nutrientes do meio externo
Sua estrutura corpórea é limitada pela membrana celular. A flexibilidade ou rigidez do corpo e de sua forma são super dependentes do citoesqueleto, que está localizado bem abaixo da membrana celular. Logo, o citoesqueleto  e a membrana formam o que chamamos de “película”, que é como uma “parede corporal” destes organismos. Filamentos protéicos como a actina, microtúbulos, vesículas como os alvéolos compõem o citoesqueleto.
Podem viver isolados ou formar colônias, ter vida livre ou associar-se a outros organismos, e habitam os mais variados tipos de ambiente. Algumas espécies são parasitas de seres diversos, até mesmo do ser humano.

A respiração da maioria desses organismos é aeróbica, que depende da difusão para a tomada de oxigênio e para a liberação de CO2. Entretanto alguns são anaeróbios obrigatórios, especialmente os que vivem em simbiose no trato digestivo dos animais. Já as espécies aquáticas associadas à decomposição de matéria orgânica podem ser anaeróbias facultativas(utilizam o oxigênio quando estiver presente, mas também são capazes de respirar em sua ausência).
Muitos protozoários de água doce realizam osmose para remover o excesso de água e também para ajustar a concentração e a proporção dos íons. Esta água adicional provém dos alimentos. A osmorregulação é feita por um sistema de organelas que bombeia água e íons, chamado complexo vacuolar contrátil.

Tipos de locomoção dos protozoários


Existem várias espécies de protozoários, e elas podem ser classificadas em vários grupos. O critério mais utilizado pelos cientistas para essa classificação é o tipo de locomoção:

  • Sarcodíneos ou Rizópodes- são protozoários que se locomovem estendendo pseudópodes, expansões em sua célula que atuam como "falsos pés". As amebas são um exemplo de sarcodíneo.


    Imagem de uma ameba em microscópio eletrônico.

  •  Flagelados - são os que "nadam" com auxílio de flagelos (longos filamentos que vibram e permitem a locomoção). Um exemplo de flagelado é a giardia.        

Protozoários flagelados do gênero Leishmania causam a leishmaníase, doença que afeta 12 milhões de pessoas no mundo



    • Ciliados - são seres que utilizam cílios (pequenos filamentos ao longo do corpo) na locomoção, como o paramécio.

    Ilustração (a esquerda) e microscopia eletrônica (a direita) de um paramécio.

    • Esporozoários- são protozoários que não possuem estruturas de locomoção. Eles são todos parasitas e causam doenças. Entre eles está o plasmódio, causador da malária. 
    Células vermelhas do sangue infectados com o Plasmodium falciparum, causador da malária (nas setas)


    Fontes: Sobiologia
                 Brasilescola
                Infoescola

      Platelmintos

      PLATELMINTOS

      Os platelmintos, também conhecidos popularmente como vermes, são animais pertencentes ao filo Platyhelminthes, reino Animália e subreino Metazoa. O corpo dos platelmintos é achatado, pois não possuem sistemas respiratório e circulatório. Vivem em locais úmidos e, algumas espécies, parasitam animais (principalmente mamíferos).

      Sistema digestivo dos platelmintos

      Ocorre de forma intra e extracelular. O sistema é incompleto, apresentando apenas uma abertura em todo sistema. Possuem boca, faringe e intestino.

      Sistema nervoso

      Possuem sistema nervoso central formado por um anel. Possuem filetes nervosos que percorrem o corpo todo através de ramificações.

      Sistema excretor

      A excreção é realizada através das células-flama (protonefrídios), que realizam a excreção para a superfície do corpo. Os platelmintos secretam amônia.

      Sistema respiratório

      Não possuem sistema respiratório. Nos platelmintos de vida livre as trocas são feitas por difusão. Já nos parasitas ela é feita de forma anaeróbica, ou seja, não utiliza oxigênio.

      Sistema circulatório

      Também não possuem sistema circulatório. Os alimentos são distribuídos pelo corpo através das ramificações do sistema digestivo.

      Sistema reprodutor

      A reprodução varia de acordo com a espécie. Muitos platelmintos são hermafroditas. Alguns se reproduzem por partenogênese (desenvolvimento do embrião sem fecundação, de forma assexuada). As planárias podem se reproduzir por fissão (ruptura de um pedaço do corpo gerando outro) ou, até mesmo, de forma sexuada .

      Classe:

      Turbellaria (turbelários/planárias): composta por organismos de vida livre são hermafroditas, cuja autofecundação normalmente é rara. Durante a cópula os animais pareiam seus poros genitais e trocam células espermáticas que irão fecundar cada óvulo, formando vários zigotos. Uma cápsula é então sintetizada ao redor de cada zigoto, conferindo-lhes proteção, para que desse momento em diante possam ser depositados junto ao substrato onde habitam.

      Trematoda (trematódeos/Schistossoma): podem ser tanto endoparasitas como ectoparasitas, com ventosas circundando a boca e outra na região ventral, utilizadas na fixação do parasita ao hospedeiro.

      Doenças

      EQUISTOSSOMOSE: A esquistossomose é uma doença que leva a problemas de saúde crônica. A infecção é adquirida quando as pessoas entram em contato com água doce que está infectada com as formas larvais de parasitas da espécie Schistosoma. Os vermes adultos microscópicos vivem nas veias de drenagem do trato urinário e dos intestinos. A maioria de seus ovos fica presa nos tecidos e reação do corpo a eles pode causar grandes danos à saúde.
      Há duas formas principais de esquistossomose - intestinais e urogenitais - causadas por cinco espécies diferentes de Schistosoma.
      Segundo a Organização Mundial de Saúde, a esquistossomose afeta quase 240 milhões de pessoas no mundo, e mais de 700 milhões de pessoas vivem em áreas endêmicas. A infecção é prevalente em áreas tropicais e subtropicais, em comunidades carentes sem acesso a água potável e saneamento adequado. Vários milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de patologia grave em consequência da esquistossomose.
      CESTODA: Fazem parte dessa classe apenas animais endoparasitas obrigatórios. Reúne principalmente as tênias ou solitárias, chamadas desse forma, pois, ao se fixarem ao hospedeiro, liberam substâncias impedindo outras se fixarem. A Taenia saginata tem como hospedeiro intermediário o boi, já aTaenia solium evolui até a fase da larva no porco. Elas têm notável preferência por esses hospedeiros intermediários específicos, não admitindo "trocas". Mas ambas concluem a sua evolução no mesmo hospedeiro definitivo — o homem.As tênia
      s podem atingir, no intestino humano, de 2 a 8 metros de comprimento. O corpo é dividido em 3 partes: cabeça (ou escólex), colar e estróbilo. A cabeça possui ventosas para a fixação, sendo que a Taenia solium apresenta ainda uma região anterior (rostrum) com ganchos, sendo essa a diferença básica entre elas. O colar fica logo abaixo do escólex e origina o estróbilo, maior parte do corpo, apresentando-se formado por centenas de segmentos, os anéis ou proglotes, por estrobilização. Os cestodos não apresentam sistema digestivo, recebendo o alimento já digerido pelo hospedeiro a partir da incorporação pela superfície de seu corpo.
               Em cada proglote existe o sistema reprodutor masculino e o feminino. Esses animais são, portanto, hermafroditas. A fecundação pode ser autofecundação de proglotes diferentes ou de uma mesma proglote. É difícil esperarmos uma fecundação cruzada, pois o termo solitária já indica a presença de apenas um animal, o qual impede a fixação de outro no local. Após a fecundação, o útero enche-se de ovos, dando a proglote o aspecto gravídico (Figura 9). As proglotes gravídicas desprendem-se e são eliminadas com as fezes humanas. 
      Os ovos podem contaminar a água ou os alimentos e, se forem ingeridos por bovinos (hospedeiro intermediário das Taenia saginata) e suínos (hospedeiros intermediários dasTaenia solium), irão se alojar na carne desses animais, formando larvas chamadas cistercercos.  

      TENÍASE: A teníase é uma doença causada pela forma adulta das tênias, Taenia solium, do porco e Taenia saginata, do boi). Muitas vezes, o paciente nem sabe que convive com o parasita em seu intestino delgado.
      As tênias também são chamadas de "solitárias", porque, na maioria dos caso, o portador traz apenas um verme adulto.
      São altamente competitivas pelo habitat e, sendo hermafroditas com estruturas fisiológicas para autofecundação, não necessitam de parceiros para a cópula e postura de ovos.
      O homem portador da verminose apresenta a tênia no estado adulto de seu intestino, sendo, portanto, o hospedeiro definitivo. Os últimos anéis ou proglótides são hermafroditas e aptos à fecundação. Geralmente, os espermatozóides de um anel fecundam os óvulos de outro segmento, no mesmo animal.
      A quantidade de ovos produzidos é muito grande (30 a 80 mil em cada proglote), sendo uma garantia para a perpetuação e propagação da espécie. Os anéis grávidos se desprendem periodicamente e caem com as fezes.
      O hospedeiro intermediário é o porco, animal que, por ser coprófago (que se alimenta de fezes), ingere os proglótides grávidos ou os ovos que foram liberados no meio. Dentro do intestino do animal, os embriões deixam a proteção dos ovos e, por meio de seis ganchos, perfuram a mucosa intestinal. Pela circulação sangüínea, alcançam os músculos e o fígado do porco, transformando-se em larvas denominadas cisticercos, que apresentam o escólex invaginado numa vesícula. 
      Quando o homem se alimenta de carne suína crua ou mal cozida contendo estes cisticercos, as vesículas são digeridas, liberando o escólex que se everte e fixa-se nas paredes intestinais através dos ganchos e ventosas. 
      O homem com tais características desenvolve a teníase, isto é, está com o helminte no estado adulto, e é o seu hospedeiro definitivo. 
      Os cisticercos apresentam-se semelhantes a pérolas esbranquiçadas, com diâmetros variáveis, normalmente do tamanho de uma ervilha. Na linguagem popular, são chamados de "pipoquinhas" ou "canjiquinhas".

      CISTRIOSE: A cistinose é uma doença metabólica autossómica recessiva, caracterizada por uma acumulação de cistina em diferentes órgãos e tecidos devido a uma deficiência no transporte de cistina para o exterior dos lisossomas. O gene responsável pela doença,CTNS, está localizado no cromossoma 17 e codifica para uma proteína de membrana lisossomal, a cistinosina. Os primeiros sinais clínicos surgem entre os três e os seis meses de idade com poliúria, desidratação, raquitismo e atraso do crescimento, secundário a uma disfunção na reabsorção tubular proximal, levando a manifestações variadas do síndrome de Toni-Debré-Fanconi. A doença evoluí progressivamente para uma insuficiência renal após os 6 anos de idade. Os depósitos de cistina na córnea e conjuntiva provocam lacrimejo e fotofobia. Mais tardiamente, São também afectados outros órgãos: hipotiroidismo, diabetes insulino-dependente, hepatosplenomegalia com hipertensão portal, envolvimento muscular e cerebral. O diagnóstico da cistinose é confirmado pela determinação do conteúdo de cistina dos leucócitos. O diagnóstico pré-natal pode ser realizado por análise genética ou através da determinação da incorporação de cistina marcada com 35S em fibroblastos cultivados a partir de líquido amniótico ou vilosidades coriónicas. O tratamento consiste em suplementação com água, electrólitos e vitamina D; indometacina, que melhora o estado geral e crescimento do doente; e cisteamina, que diminui a concentração de cistina intra-leucocitária, atrasando a progressão para a insuficiência renal. A doença não reaparece no enxerto após transplante renal.

       Mapa conceitual do ciclo da Teníase

      Mapa conceitual do ciclo da Esquitossomose


      Para conhecer um pouco mais sobre o avanço da esquitossomose em uma cidade de alagoas clique aqui

      Confira também um video sobre a verminose causada por platelmintos 

      Bárbara Lorraine Nº 04
      Bruna Ester Nº33

      terça-feira, 28 de outubro de 2014

      Vírus

      Características Gerais dos Vírus
      Os vírus são seres simples, constituídos por uma cápsula protéica, o capsídeo, envolvendo o material genético, que pode ser o DNA ou o RNA, variando de acordo com cada tipo de vírus. Característica esta, exclusiva dos vírus, já que em todos os outros seres vivos existem os dois ácidos nucléicos. 

      São considerados seres vivos por apresentarem três características essenciais:
      • Formam-se de ácidos nucléicos e proteínas;
      • Possuem capacidade de auto-reprodução;
         • São suscetíveis a mutações.

      Os vírus são visíveis apenas ao microscópio eletrônico, e medem entre 10 a 300 nanômetros.

      O vírus só apresenta atividade vital quando estão no interior de células vivas, nas quais podem se reproduzir, utilizando-se do material genético das mesmas, uma vez que não possui equipamento necessário para metabolizar.

      Alguns vírus possuem um envelope lipoprotéico oriundo da membrana plasmática da célula hospedeira, são designados envelopados.

      Os bacteriófagos são vírus que acometem bactérias, reproduzindo-se em seu interior. Os mais estudados são os que infectam a bactéria intestinal Escherichia coli, conhecidos como fagos T. 

      Ciclos
       Para tanto, os vírus dispõem de dois tipos de ciclos reprodutivos: o ciclo lisogênico e o ciclo lítico.
      No ciclo lisogênico, o vírus que invadiu a célula hospedeira agrega seu material genético ao genoma da mesma. Nesse processo, a presença do parasita não interfere de nenhuma forma no mecanismo celular: toda a sua atividade, desde o metabolismo até a reprodução, ocorre normalmente, assim como numa célula saudável.
      Quando a célula hospedeira passa por divisões mitóticas, ela transmite às células-filhas não só o seu genoma, como também, o material genético do vírus que a infectou. Dessa forma, o parasita intracelular “se vale” do processo reprodutivo da célula para se multiplicar e contaminar novas células do organismo vivo, retomando o seu ciclo.
      É exatamente por causa desse tipo de reprodução viral que algumas doenças demoram tanto tempo para se manifestarem no organismo. AIDS e herpes são bons exemplos disso: como a célula continua desempenhando suas funções enquanto o vírus está no ciclo lisogênico, o surgimento de qualquer sinal ou sintoma da doença se torna dificílimo. É possível detectar indícios das enfermidades somente quanto o vírus atinge o ciclo lítico, que é a fase em que o vírus se liberta do cromossomo, levando à morte da célula hospedeira, também conhecida como lise celular.
      No ciclo lítico, o vírus insere o seu material genético na bactéria, onde as funções normais desta são interrompidas pela presença de ácido nucléico do vírus (DNA ou RNA). Esse, ao mesmo tempo em que é replicado, comanda a síntese das proteínas que comporão o capsídeo. Os capsídeos organizam-se e envolvem as moléculas de ácido nucléico. São produzidos, então novos vírus. Ocorre a lise, ou seja, a célula infectada rompe-se e os novos bacteriófagos são liberados. Sintomas causados por um vírus que se reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular aparecem imediatamente. Nesse ciclo, os vírus utilizam o equipamento bioquímico (Ribossomo) da célula para fabricar sua proteína (Capsideo)
      Vírus

       O vírus é um organismo biológico com grande capacidade de multiplicação, utilizando para isso a estrutura de uma célula hospedeira. É um agente capaz de causar doenças em animais e vegetais. Ele é formado por um capsídeo de proteínas que envolve o ácido nucléico, que pode ser RNA (ácido ribonucléico) ou DNA (ácido desoxirribonucléico). Em alguns tipos de vírus, esta estrutura é envolvida por uma capa lipídica com diversos tipos de proteínas.


         Um vírus sempre precisa de uma célula para poder replicar seu material genético, produzindo cópias da matriz. Portanto, ele possui uma grande capacidade de destruir uma célula, pois utiliza toda a estrutura da mesma para seu processo de reprodução. Podem infectar células eucarióticas (de animais, fungos, vegetais) e procarióticas (de bactérias).

         A classificação dos vírus ocorre de acordo com o tipo de ácido nucléico que possuem, as características do sistema que os envolvem e os tipos de células que infectam. De acordo com este sistema de classificação, existem aproximadamente, trinta grupos de vírus.

      São quatro as fases do ciclo de vida de um vírus: 
      1. Entrada do vírus na célula: ocorre a absorção e fixação do vírus na superfície celular e logo em seguida a penetração através da membrana celular.
      2. Eclipse: um tempo depois da penetração, o vírus fica adormecido e não mostra sinais de sua presença ou atividade.
      3. Multiplicação: ocorre a replicação do ácido nucléico e as sínteses das proteínas do capsídeo. Os ácidos nucléicos e as proteínas sintetizadas se desenvolvem com rapidez, produzindo novas partículas de 
      vírus.
      4. Liberação: as novas partículas de vírus saem para infectar novas células sadias.

      - Exemplos de doenças humanas provocadas por vírus: hepatite, sarampo, caxumba, gripe, dengue, poliomielite, febre amarela, varíola, AIDS e catapora.
      - Os antibióticos não servem para combater os vírus. Alguns tipos de remédios servem apenas para tratar os sintomas das infecções virais. As vacinas são utilizadas como método de prevenção, pois estimulam o sistema imunológico das pessoas a produzirem anticorpos contra determinados tipos de vírus.
      Edição do dia 08/01/2013
      08/01/2013 21h11 - Atualizado em 08/01/2013 21h11

      Estudo mostra aumento de cânceres ligados ao vírus HPV nos EUA

      Um exemplo de câncer causado pelo HPV é o do colo de útero, que mata quase cinco mil mulheres por ano no Brasil.

      Um estudo realizado nos Estados Unidos mostra um aumento preocupante nos tipos de câncer ligados a um vírus, como o do colo de útero, que mata quase cinco mil mulheres por ano no Brasil. Para os médicos americanos, é a epidemia do século XXI.
      O vírus HPV já é a infecção sexualmente transmissível mais comum do mundo, alerta o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos. O vírus é mais conhecido por provocar a doença no colo de útero, que mata anualmente quatro mil americanas. No Brasil, foram quase cinco mil em 2010.
      O HPV está se tornando um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento do câncer na garganta, amígdalas e língua. O uso de preservativos reduz o risco de contaminação, mas os médicos americanos ressaltam a importância da vacinação.
      Há cerca de 200 tipos de HPV. A maioria das infecções é causada por apenas quatro deles, que podem ser prevenidos com a vacina quadrivalente. Testes provaram que ela é eficiente contra 70% dos casos de câncer do colo de útero e 90% das verrugas genitais, e que pode trazer bons resultados também para evitar os cânceres orais. A vacina deve ser tomada antes mesmo da iniciação sexual, e é indicada para mulheres entre 9 e 26 anos.
      Nos Estados Unidos, a vacina também é recomendada para os homens. Cada dose custa o equivalente a R$ 270. A maioria dos planos privados de assistência médica cobre os custos da vacina contra o HPV. Programas públicos de saúde oferecem a vacina de graça para quem não pode pagar.
      Ainda assim, apenas 32% das mulheres em idade de receber a vacina tomaram as três doses. Na Austrália e no Reino Unido, essa taxa passa de 70%. No Brasil, não há estatísticas. A dose da vacina sai em torno de R$ 300. Os planos de saúde no país não cobrem o custo e não há programa público de vacinação contra o HPV.
      Em São Paulo, o doutor Luiz Paulo Kowalski, diretor do Hospital A. C. Camargo, reforça a importância da vacinação, principalmente entre os jovens.
      “Vamos prevenir uma doença que vai ter um alto custo de tratamento daqui a 20 anos. O custo alto da vacina hoje é infinitamente menor do que será o custo para o sistema de saúde futuramente", afirma Luiz Paulo Kowalski. Segundo o Ministério da Saúde, o uso da vacina no Programa Nacional de Imunizações está em estudo. Para o ministério, ainda é preciso avaliar a efetividade da vacina.

      Vírus, seres vivos ou não?

         Os vírus preenchem alguns critérios característicos de seres vivos: são parte de linhagens contínuas, reproduzem-se e evoluem em resposta ao ambiente, através de variabilidade e seleção, como qualquer ser vivo. Porém, não têm metabolismo próprio, por isso deveriam ser considerados "partículas infecciosas", ao invés de seres vivos propriamente ditos. Muitos, porém, não concordam com essa perspectiva, e argumentam que uma vez que os vírus são capazes de reproduzir-se, são organismos vivos; eles dependem do maquinário metabólico da célula hospedeira, mas até aí todos os seres vivos dependem de interações com outros seres vivos. Outros ainda levam em consideração a presença massiva de vírus em todos os reinos do mundo natural, sua origem - aparentemente tão antiga como a própria vida - sua importância na história natural de todos os outros organismos, etc. Conforme já mencionado, diferentes conceitos a respeito do que vem a ser vida formam o cerne dessa discussão. Definir vida tem sido sempre um grande problema, e já que qualquer definição provavelmente será evasiva ou arbitrária, dificultando assim uma definição exata a respeito dos vírus.


      Veja a seguir um vídeo sobre os vírus:

      Nomes: Jeanne Bergamini - 13           
                     Kamila Sthéfani - 17
                     Izabel Islane - 12
                     Jéssica Prates - 14
                     Lorrany Gil - 19
                     Sheila Patrícia - 27