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Resultados da pesquisa

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Vírus

Características Gerais dos Vírus
Os vírus são seres simples, constituídos por uma cápsula protéica, o capsídeo, envolvendo o material genético, que pode ser o DNA ou o RNA, variando de acordo com cada tipo de vírus. Característica esta, exclusiva dos vírus, já que em todos os outros seres vivos existem os dois ácidos nucléicos. 

São considerados seres vivos por apresentarem três características essenciais:
• Formam-se de ácidos nucléicos e proteínas;
• Possuem capacidade de auto-reprodução;
   • São suscetíveis a mutações.

Os vírus são visíveis apenas ao microscópio eletrônico, e medem entre 10 a 300 nanômetros.

O vírus só apresenta atividade vital quando estão no interior de células vivas, nas quais podem se reproduzir, utilizando-se do material genético das mesmas, uma vez que não possui equipamento necessário para metabolizar.

Alguns vírus possuem um envelope lipoprotéico oriundo da membrana plasmática da célula hospedeira, são designados envelopados.

Os bacteriófagos são vírus que acometem bactérias, reproduzindo-se em seu interior. Os mais estudados são os que infectam a bactéria intestinal Escherichia coli, conhecidos como fagos T. 

Ciclos
 Para tanto, os vírus dispõem de dois tipos de ciclos reprodutivos: o ciclo lisogênico e o ciclo lítico.
No ciclo lisogênico, o vírus que invadiu a célula hospedeira agrega seu material genético ao genoma da mesma. Nesse processo, a presença do parasita não interfere de nenhuma forma no mecanismo celular: toda a sua atividade, desde o metabolismo até a reprodução, ocorre normalmente, assim como numa célula saudável.
Quando a célula hospedeira passa por divisões mitóticas, ela transmite às células-filhas não só o seu genoma, como também, o material genético do vírus que a infectou. Dessa forma, o parasita intracelular “se vale” do processo reprodutivo da célula para se multiplicar e contaminar novas células do organismo vivo, retomando o seu ciclo.
É exatamente por causa desse tipo de reprodução viral que algumas doenças demoram tanto tempo para se manifestarem no organismo. AIDS e herpes são bons exemplos disso: como a célula continua desempenhando suas funções enquanto o vírus está no ciclo lisogênico, o surgimento de qualquer sinal ou sintoma da doença se torna dificílimo. É possível detectar indícios das enfermidades somente quanto o vírus atinge o ciclo lítico, que é a fase em que o vírus se liberta do cromossomo, levando à morte da célula hospedeira, também conhecida como lise celular.
No ciclo lítico, o vírus insere o seu material genético na bactéria, onde as funções normais desta são interrompidas pela presença de ácido nucléico do vírus (DNA ou RNA). Esse, ao mesmo tempo em que é replicado, comanda a síntese das proteínas que comporão o capsídeo. Os capsídeos organizam-se e envolvem as moléculas de ácido nucléico. São produzidos, então novos vírus. Ocorre a lise, ou seja, a célula infectada rompe-se e os novos bacteriófagos são liberados. Sintomas causados por um vírus que se reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular aparecem imediatamente. Nesse ciclo, os vírus utilizam o equipamento bioquímico (Ribossomo) da célula para fabricar sua proteína (Capsideo)
Vírus

 O vírus é um organismo biológico com grande capacidade de multiplicação, utilizando para isso a estrutura de uma célula hospedeira. É um agente capaz de causar doenças em animais e vegetais. Ele é formado por um capsídeo de proteínas que envolve o ácido nucléico, que pode ser RNA (ácido ribonucléico) ou DNA (ácido desoxirribonucléico). Em alguns tipos de vírus, esta estrutura é envolvida por uma capa lipídica com diversos tipos de proteínas.


   Um vírus sempre precisa de uma célula para poder replicar seu material genético, produzindo cópias da matriz. Portanto, ele possui uma grande capacidade de destruir uma célula, pois utiliza toda a estrutura da mesma para seu processo de reprodução. Podem infectar células eucarióticas (de animais, fungos, vegetais) e procarióticas (de bactérias).

   A classificação dos vírus ocorre de acordo com o tipo de ácido nucléico que possuem, as características do sistema que os envolvem e os tipos de células que infectam. De acordo com este sistema de classificação, existem aproximadamente, trinta grupos de vírus.

São quatro as fases do ciclo de vida de um vírus: 
1. Entrada do vírus na célula: ocorre a absorção e fixação do vírus na superfície celular e logo em seguida a penetração através da membrana celular.
2. Eclipse: um tempo depois da penetração, o vírus fica adormecido e não mostra sinais de sua presença ou atividade.
3. Multiplicação: ocorre a replicação do ácido nucléico e as sínteses das proteínas do capsídeo. Os ácidos nucléicos e as proteínas sintetizadas se desenvolvem com rapidez, produzindo novas partículas de 
vírus.
4. Liberação: as novas partículas de vírus saem para infectar novas células sadias.

- Exemplos de doenças humanas provocadas por vírus: hepatite, sarampo, caxumba, gripe, dengue, poliomielite, febre amarela, varíola, AIDS e catapora.
- Os antibióticos não servem para combater os vírus. Alguns tipos de remédios servem apenas para tratar os sintomas das infecções virais. As vacinas são utilizadas como método de prevenção, pois estimulam o sistema imunológico das pessoas a produzirem anticorpos contra determinados tipos de vírus.
Edição do dia 08/01/2013
08/01/2013 21h11 - Atualizado em 08/01/2013 21h11

Estudo mostra aumento de cânceres ligados ao vírus HPV nos EUA

Um exemplo de câncer causado pelo HPV é o do colo de útero, que mata quase cinco mil mulheres por ano no Brasil.

Um estudo realizado nos Estados Unidos mostra um aumento preocupante nos tipos de câncer ligados a um vírus, como o do colo de útero, que mata quase cinco mil mulheres por ano no Brasil. Para os médicos americanos, é a epidemia do século XXI.
O vírus HPV já é a infecção sexualmente transmissível mais comum do mundo, alerta o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos. O vírus é mais conhecido por provocar a doença no colo de útero, que mata anualmente quatro mil americanas. No Brasil, foram quase cinco mil em 2010.
O HPV está se tornando um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento do câncer na garganta, amígdalas e língua. O uso de preservativos reduz o risco de contaminação, mas os médicos americanos ressaltam a importância da vacinação.
Há cerca de 200 tipos de HPV. A maioria das infecções é causada por apenas quatro deles, que podem ser prevenidos com a vacina quadrivalente. Testes provaram que ela é eficiente contra 70% dos casos de câncer do colo de útero e 90% das verrugas genitais, e que pode trazer bons resultados também para evitar os cânceres orais. A vacina deve ser tomada antes mesmo da iniciação sexual, e é indicada para mulheres entre 9 e 26 anos.
Nos Estados Unidos, a vacina também é recomendada para os homens. Cada dose custa o equivalente a R$ 270. A maioria dos planos privados de assistência médica cobre os custos da vacina contra o HPV. Programas públicos de saúde oferecem a vacina de graça para quem não pode pagar.
Ainda assim, apenas 32% das mulheres em idade de receber a vacina tomaram as três doses. Na Austrália e no Reino Unido, essa taxa passa de 70%. No Brasil, não há estatísticas. A dose da vacina sai em torno de R$ 300. Os planos de saúde no país não cobrem o custo e não há programa público de vacinação contra o HPV.
Em São Paulo, o doutor Luiz Paulo Kowalski, diretor do Hospital A. C. Camargo, reforça a importância da vacinação, principalmente entre os jovens.
“Vamos prevenir uma doença que vai ter um alto custo de tratamento daqui a 20 anos. O custo alto da vacina hoje é infinitamente menor do que será o custo para o sistema de saúde futuramente", afirma Luiz Paulo Kowalski. Segundo o Ministério da Saúde, o uso da vacina no Programa Nacional de Imunizações está em estudo. Para o ministério, ainda é preciso avaliar a efetividade da vacina.

Vírus, seres vivos ou não?

   Os vírus preenchem alguns critérios característicos de seres vivos: são parte de linhagens contínuas, reproduzem-se e evoluem em resposta ao ambiente, através de variabilidade e seleção, como qualquer ser vivo. Porém, não têm metabolismo próprio, por isso deveriam ser considerados "partículas infecciosas", ao invés de seres vivos propriamente ditos. Muitos, porém, não concordam com essa perspectiva, e argumentam que uma vez que os vírus são capazes de reproduzir-se, são organismos vivos; eles dependem do maquinário metabólico da célula hospedeira, mas até aí todos os seres vivos dependem de interações com outros seres vivos. Outros ainda levam em consideração a presença massiva de vírus em todos os reinos do mundo natural, sua origem - aparentemente tão antiga como a própria vida - sua importância na história natural de todos os outros organismos, etc. Conforme já mencionado, diferentes conceitos a respeito do que vem a ser vida formam o cerne dessa discussão. Definir vida tem sido sempre um grande problema, e já que qualquer definição provavelmente será evasiva ou arbitrária, dificultando assim uma definição exata a respeito dos vírus.


Veja a seguir um vídeo sobre os vírus:

Nomes: Jeanne Bergamini - 13           
               Kamila Sthéfani - 17
               Izabel Islane - 12
               Jéssica Prates - 14
               Lorrany Gil - 19
               Sheila Patrícia - 27 

















domingo, 19 de outubro de 2014

Reino Fungi - Fungos

Características gerais dos fungos

Características Gerais

Os fungos popularmente conhecidos como bolores, mofos, fermentos, levedos, orelhas-de-pau, trufas e cogumelos-de-chapéu (champignon) são organismos eucariontes  podendo ter espécies unicelulares e pluricelulares. Esses seres não sintetizam seu propio alimento, ou seja, são heterotróficos .

A respiração dos fungos podem ser aeróbia( na presença de oxigênio) ou anaeróbia facultativa, sobrevivendo em ambientes com baixa oxigenação. 

Os Fungos pluricelulares apresentam estrutura formada por uma malha filamentosa chamada de hifas, agrupadas formando um pseudo tecido denominado micélio. 

Ciclo de Reprodução

- Reprodução Assexuada 

Fragmentação
A maneira mais simples de um fungo filamentoso se reproduzir assexuadamente é por fragmentação: um micélio se fragmenta originando novos micélios.

Brotamento
Leveduras como Saccharomyces cerevisae se reproduzem por brotamento ou gemulação. Os brotos (gêmulas) normalmente se separam do genitor mas, eventualmente, podem permanecer grudados, formando cadeias de células. Ao lado uma laranja contaminada com Penicillium sp.


Esporulação
Nos fungos terrestres, os corpos de frutificação produzem, por mitose, células abundantes, leves, que são espalhadas pelo meio. Cada células dessas, um esporo conhecido como conidiósporo , ao cair em um material apropriado, é capaz de gerar sozinha um novo mofo, bolor etc.
Para a produção desse tipo de esporo a ponta de uma hifa destaca-se do substrato e, repentinamente, produz centenas de conidiósporos, que permanecem unidos até serem liberados. É o que acontece com o fungo penicillium, que assim foi chamado devido ao fato de a estrutura produtora de esporos - o conídio - se assemelhar a um pincel.

- Reprodução Sexuada 
  
No   ciclo reprodutivo de alguns fungos aquáticos, há a produção de gametas flagelados, que se fundem e geram zigotos que produzirão novos indivíduos. Nos fungos terrestres, existe um ciclo de reprodução no qual há produção de esporos por meiose. Desenvolvendo-se, esses esporos geram hifas haploides que posteriormente se fundem e geram novas hifas diploides, dentro dos quais ocorrerão novas meioses para a produção de mais esporos meióticos. A alternância de meiose e fusão de hifas (que se comportam como gametas) caracteriza o processo como sexuado.
De modo geral, a reprodução sexuada dos fungos se inicia com a fusão de hifas haploides, caracterizando aplasmogamia (fusão de citoplasmas). Os núcleos haploides geneticamente diferentes, provenientes de cada hifa parental, permanecem separados (fase heterocariótica, n + n).
Posteriormente, a fusão nuclear (cariogamia) gera núcleos diploides que, dividindo-se por meiose, produzem esporos haploides. Esporos formados por meiose são considerados sexuados (pela variedade decorrente do processo meiótico).
Esquema da reprodução Sexuada e Assexuada dos fungos 


Doenças Causadas por Fungos 
- Tinea do corpo: micose superficial da pele, caracterizada por machas arredondadas com presença de coceira.
Tinea de corpo: uma das micoses causadas por fungos

- Tinea da cabeça: micose superficial que se desenvolve no couro cabeludo, formando falhas no cabelo. Contagiosa, é muito comum em crianças.

 

-Tinea da virilha: micose superficial que causa bastante coceira. Atinge pernas e virilhas.

- Pitiríase versicolor: micose superficial que atinge principalmente áreas com grande oleosidade. Formam manchas brancas com presença de descamação.

- Candidíase: doença causada por fungos que pode afetar tanto a pele quanto as membranas mucosas. Dependendo da região afetada ela poderá ser classificada como candidíase oral, intertrigo, vaginal, onicomicose ou paroníquia.
Importância Ecológica dos fungos 
Os fungos possuem grande importância ecológica. Através deles são realizadas a manutenção e a ciclagem de nutrientes na natureza. Os fungos são heterótrofos e obtêm energia degradando material orgânico depositado na natureza e colonizado por eles. Podem ser parasitas de plantas, animais e outros fungos.

Esses organismos secretam enzimas no substrato onde se encontram e absorvem as moléculas resultantes da ação dessas enzimas. Participam ativamente nos ciclos de carbono, nitrogênio e fósforo além de outros nutrientes.
Importância econômica dos Fungo
Muito fungos são aeróbios, isto é, realizam a respiração, mas alguns são anaeróbios e realizam a fermentação.
Destes últimos, alguns são utilizados no processo de fabricação de bebidas alcoólicas, como a cerveja e o vinho, e no processo de preparação do pão. Nesses processos, o fungo utilizado pertence à espécie Saccharomyces cerevisiae, capaz de transformar o açucar em álcool etílico e CO(fermentação alcoólica), na ausência de O2. Na presença de  Orealizam a respiração. Eles são, por isso, chamados de anaeróbios facultativos.
Na fabricação de bebidas alcoólicas o importante é o álcool produzido na fermentação, enquanto, na preparação do pão, é o CO2. Neste último caso, o COque vai sendo formado se acumula no interior da massa, originando pequenas bolhas que tornam o pão poroso e mais leve.

O aprisionamento do CO2 na massa só é possível devido ao alto teor de glúten na farinha de trigo, que dá a "liga" do pão. Pães feitos com farinhas pobres em glúten não crescem tanto quanto os feitos com farinha rica em glúten.
Imediatamente antes de ser assado, o teor alcoólico do pão chega a 0,5%; ao assar, esse álcool evapora, dando ao pão um aroma agradável.
Alguns fungos são utilizados na indústria de laticínios, como é o caso do Penicillium camemberti 
e do Penicillium roqueforte,
 
empregados na fabricação dos queijos Camembert e Roquefort, respectivamente.
Algumas espécies de fungos são utilizadas diretamente como alimento pelo homem. É o caso da Morchella e da espécie Agaricus brunnescens, o popular cogumelo ou champignon, uma das mais amplamente cultivadas no mundo.
Morchella

Clique aqui para ler sobre alguns fungos nocivos à saúde que podem crescer na máquina de lavar louça 

Conheça um pouco mais sobre as doenças causadas pelos fungos, assistindo o vídeo abaixo.


Confira também um pouco mais sobre o reino fungi clicando aqui!



Alunos:
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Igor Alves Nº11
João Paulo Nº15
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Luysa Hellena Nº21
Mariana Grossi Nº22

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Bactérias

Introdução

As bactérias apresentam uma estrutura celular bastante simples. Diferente do que ocorre com as células animais e vegetais, elas nem sempre apresentam as mesmas características, com isso, apresentam variações em sua forma, tamanho, virulência, etc.

Características

Esta forma de vida unicelular e procarionte pode ser encontrada isolada ou em colônias. Muitas bactérias possuem estruturas extracelulares como flagelos ou cílios, organelas de locomoção presentes nas bactérias móveis.

Muitas delas podem possuir esporos (formações que conferem resistência às bactérias), devido ao meio ambiente inadequado à sua condição de vida, esta é uma forma delas se manterem vivas até encontrarem sua condição ideal de sobrevivência. Há ainda aquelas que não possuem esporos, estas são chamadas de vegetativas.

De forma geral, as bactérias apresentam entre suas organelas: cápsula, membrana plasmática, ribossomos, parede celular, DNA, flageloe pílus. Elas podem ser classificadas em dois grupos: gram-positvas ou  gram-negativas.

As gram-positivas possuem uma parede celular mais espessa e constituição química formada por poliptídeos, açúcares aminados (glucozamina, ácido murâmico) e fosfato de ribitol.

As gram-negativas possuem a mesma constituição química das citadas no parágrafo acima e, além disso, apresentam ainda 10 a 20% de lipóide. Este grupo forma o maior número de bactérias patogênicas.

Ciclos (Reprodução)
A reprodução mais comum nas bactérias é assexuada por bipartição ou cissiparidade. Ocorre a duplicação do DNA bacteriano e uma posterior divisão em duas células. As bactérias multiplicam-se por este processo muito rapidamente quando dispõem de condições favoráveis (duplica em 20 minutos).

A separação dos cromossomos irmãos conta com a participação dos mesossomos, pregas internas da membrana plasmática nas quais existem também as enzimas participantes da maior parte da respiração celular.
Não existe a formação do fuso de divisão e nem de figuras clássicas e típicas da mitose. Logo, não é mitose.
- Esporulação
Algumas espécies de bactérias originam, sob certas condições ambientais, estruturas resistentes denominadas esporos. A célula que origina o esporo se desidrata, forma uma parede grossa e sua atividade metabólica torna-se muito reduzida. Certos esporos são capazes de se manter em estado de dormência por dezenas de anos. Ao encontrar um ambiente adequado, o esporo se reidrata e origina uma bactéria ativa, que passa a se reproduzir por divisão binária.
Os esporos são muito resistentes ao calor e, em geral, não morrem quando expostos à água em ebulição. Por isso os laboratórios, que necessitam trabalhar em condições de absoluta assepsia, costumam usar um processo especial, denominado autoclavagem, para esterilizar líquidos e utensílios. O aparelho onde é feita a esterilização, a autoclave, utiliza vapor de água a temperaturas da ordem de 120ºC, sob uma pressão que é o dobro da atmosférica. Após 1 hora nessas condições, mesmo os esporos mais resistentes morrem.
A indústria de enlatados toma medidas rigorosas na esterilização dos alimentos para eliminar os esporos da bactéria Clostridium botulinum. Essa bactéria produz o botulismo, infecção frequentemente fatal.


- Reprodução Assexuada

Para as bactérias considera-se reprodução sexuada qualquer processo de transferência de fragmentos de DNA de uma célula para outra. Depois de transferido, o DNA da bactéria doadora se recombina com o da receptora, produzindo cromossomos com novas misturas de genes. Esses cromossomos recombinados serão transmitidos às células-filhas quando a bactéria se dividir.
A transferência de DNA de uma bactéria para outra pode ocorrer de três maneiras: por transformação, transdução e por conjugação.

- Transformação
Na transformação, a bactéria absorve moléculas de DNA dispersas no meio e são incorporados à cromatina. Esse DNA pode ser proveniente, por exemplo, de bactérias mortas. Esse processo ocorre espontaneamente na natureza.
Os cientistas têm utilizado a transformação como uma técnica de Engenharia Genética, para introduzir genes de diferentes espécies em células bacterianas.

- Transdução
Na transdução, moléculas de DNA são transferidas de uma bactéria a outra usando vírus como vetores (bactériófagos). Estes, ao se montar dentro das bactérias, podem eventualmente incluir pedaços de DNA da bactéria que lhes serviu de hospedeira. Ao infectar outra bactéria, o vírus que leva o DNA bacteriano o transfere junto com o seu. Se a bactéria sobreviver à infecção viral, pode passar a incluir os genes de outra bactéria em seu genoma.
- Conjugação
Na conjugação bacteriana, pedaços de DNA passam diretamente de uma bactéria doadora, o "macho", para uma receptora, a "fêmea". Isso acontece através de microscópicos tubos proteicos, chamados pili, que as bactérias "macho" possuem em sua superfície.
O fragmento de DNA transferido se recombina com o cromossomo da bactéria "fêmea", produzindo novas misturas genéticas, que serão transmitidas às células-filhas na próxima divisão celular.


Doenças
Tuberculose, Hanseníase, Cólera, Tétano, Meningite, Difteria, Leptospirose, Coqueluche, Sífilis e Gonorreia.

Importância ecológica
Quando se fala em bactérias geralmente nos lembramos de doenças, já que alguns desses organismos são capazes de causá-las, sendo a penicilina, inclusive, considerada uma das maiores descobertas da área médica por combater muitas dessas doenças.
Entretanto, esses seres procariontes foram e são essenciais para a manutenção da vida em nosso planeta, a começar pelo próprio fato de terem sido os primeiros organismos a aparecer na superfície terrestre, há cerca de 4,6 bilhões de anos. Disponibilizando oxigênio na atmosfera e reduzindo as concentrações de CO2, permitiram a colonização de novos organismos. Além disso, mitocôndrias e cloroplastos são derivados de bactérias endossimbiontes, ou seja: sem as bactérias, não existiriam células eucariontes e, tampouco, células vegetais.

Bactérias decompositoras e saprófitas, juntamente com os fungos, são responsáveis pela reciclagem da matéria orgânica oriunda de organismos mortos e resíduos, como fezes e urina, transformando-a em moléculas de composição mais simples: papel essencial para que os ciclos do nitrogênio e oxigênio sejam desempenhados.

Quanto ao primeiro ciclo citado, bactérias do gênero Rhizobium, presentes em raízes de leguminosas, transformam o nitrogênio atmosférico em nutrientes, como nitritos e nitratos, para assimilação destes pelas plantas. Animais herbívoros, ao se alimentarem destas; e carnívoros, ao se alimentarem destes ou de outros carnívoros; também incorporarão tais substâncias ao longo da cadeia alimentar.

Outra associação mutualística se refere à presença de determinadas espécies no sistema digestório de animais ruminantes e de seres humanos (Methanobacterium smithii, Escherichia coli, Lactobacillus acidophillus, e as do gênero Pseudomonas, Acinetobacter e Moraxella). Lá, auxiliam na quebra de determinadas substâncias, como a celulose; produção de vitaminas como a D, K e B12; e, ainda, evitam a proliferação de patógenos. Na pele, contribuem na degradação de células mortas e eliminação de resíduos.

Ciano bactérias, ainda, podem se associar a fungos, formando liquens. Estes, além de bioindicadores da qualidade ambiental, criam condições para que novas espécies colonizem determinados ambientes, podem fixar nitrogênio e, ainda, serem utilizados na fabricação de corantes.

Importância econômica
São importantes em: Indústria de laticínios (produção de queijos, iogurtes, requeijão), na fabricação do vinagre, na produção de antibióticos e vitaminas.

Artigo: Importância e efeito de bactérias psicrotróficas sobre a qualidade do leite


A temperatura de armazenamento do leite após a ordenha é o principal fator determinante da taxa de crescimento bacteriano no leite não refrigerado, sendo os principais microrganismos predominantes os mesófilos, os quais provocam acidificação do leite pelo acúmulo de ácido lático, resultante da fermentação da lactose. O emprego de programas de resfriamento do leite na fazenda após a ordenha, com posterior coleta e transporte do leite em caminhões-tanque isotérmicos, tem aumentado significativamente a qualidade do leite produzido; no entanto, com o uso destes equipamentos, ocorre o predomínio de bactérias psicotróficas, que apresentam boa capacidade de crescimento mesmo em baixas temperaturas. Este grupo de bactérias apresenta capacidade de produção de enzimas lipolíticas e proteolíticas termorresistentes, que mantém a sua atividade enzimática após a pasteurização, ou mesmo, o tratamento UHT. Os principais problemas de qualidade de produtos lácteos associados à ação de proteases e lipases de origem dos microrganismos psicotróficos são: alteração de sabor odor do leite, perda de consistência na formação do coágulo para fabricação de queijo e gelatinizarão do leite longa vida. As principais fontes de psicotróficos do leite durante a sua produção na fazenda são a superfície dos tetos e o equipamento de ordenha. Desta forma, o rápido abaixamento da temperatura do leite após a ordenha é uma das estratégias mais eficazes para garantir a boa qualidade microbiológica do produto. Entretanto, esta prática deve obrigatoriamente vir acompanhada de medidas de controle de mastite, adequados procedimentos de higiene durante a ordenha, limpeza e desinfecção adequados dos utensílios e equipamentos de ordenha e boa qualidade da água utilizada na fazenda



Conheça mais sobre as bactérias assistindo o vídeo abaixo


 Jonathan Henrique  Nº 16
Leandro Gérvasio Nº18
Victor Pinheiro Nº 29
Victor Ribeiro Nº30
Sabrina Carla Nº26