Introdução
As
bactérias apresentam uma estrutura celular bastante simples. Diferente do que
ocorre com as células animais e vegetais, elas nem sempre apresentam as mesmas
características, com isso, apresentam variações em sua forma, tamanho, virulência,
etc.
Características
Esta forma de vida unicelular e procarionte pode ser encontrada
isolada ou em colônias. Muitas bactérias possuem estruturas extracelulares como
flagelos ou cílios, organelas de locomoção presentes nas bactérias móveis.
Muitas delas podem possuir esporos (formações que conferem
resistência às bactérias), devido ao meio ambiente inadequado à sua condição de
vida, esta é uma forma delas se manterem vivas até encontrarem sua condição
ideal de sobrevivência. Há ainda aquelas que não possuem esporos, estas são
chamadas de vegetativas.
De forma geral, as bactérias apresentam entre suas organelas:
cápsula, membrana plasmática, ribossomos, parede celular, DNA, flageloe pílus.
Elas podem ser classificadas em dois grupos: gram-positvas ou
gram-negativas.
As gram-positivas possuem uma parede celular mais espessa e
constituição química formada por poliptídeos, açúcares aminados (glucozamina,
ácido murâmico) e fosfato de ribitol.
As gram-negativas possuem a mesma constituição química das citadas
no parágrafo acima e, além disso, apresentam ainda 10 a 20% de lipóide. Este
grupo forma o maior número de bactérias patogênicas.
Ciclos
(Reprodução)
A reprodução mais comum nas bactérias é assexuada por bipartição ou cissiparidade. Ocorre a duplicação do
DNA bacteriano e uma posterior divisão em duas células. As bactérias
multiplicam-se por este processo muito rapidamente quando dispõem de condições
favoráveis (duplica em 20 minutos).
A separação dos cromossomos irmãos conta com
a participação dos mesossomos, pregas internas da membrana plasmática nas
quais existem também as enzimas participantes da maior parte da respiração
celular.
Não
existe a formação do fuso de divisão e nem de figuras clássicas e típicas da
mitose. Logo, não é mitose.
![](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_tao0j7uhsV_Y5B04jBOtf4pamsccaSROzTrPRFNjPFHJxxZPHzePy5B2rnhR0zK5OWzWKzXo2SqTwhIFUszEW-DCf6sp7eefhtw0hk_-AZb5oNihmHREJpMRjTtw=s0-d)
-
Esporulação
Algumas espécies de bactérias originam, sob
certas condições ambientais, estruturas resistentes denominadas esporos. A célula que origina o esporo se desidrata,
forma uma parede grossa e sua atividade metabólica torna-se muito reduzida.
Certos esporos são capazes de se manter em estado de dormência por dezenas de
anos. Ao encontrar um ambiente adequado, o esporo se reidrata e origina uma
bactéria ativa, que passa a se reproduzir por divisão binária.
Os esporos são muito resistentes ao calor e,
em geral, não morrem quando expostos à água em ebulição. Por isso os
laboratórios, que necessitam trabalhar em condições de absoluta assepsia,
costumam usar um processo especial, denominado autoclavagem, para esterilizar líquidos e utensílios. O
aparelho onde é feita a esterilização, a autoclave, utiliza vapor de água a
temperaturas da ordem de 120ºC, sob uma pressão que é o dobro da atmosférica.
Após 1 hora nessas condições, mesmo os esporos mais resistentes morrem.
A indústria de enlatados toma medidas
rigorosas na esterilização dos alimentos para eliminar os esporos da bactéria Clostridium
botulinum. Essa bactéria produz o botulismo, infecção
frequentemente fatal.
- Reprodução
Assexuada
Para as bactérias considera-se reprodução
sexuada qualquer processo de transferência de fragmentos de DNA de uma célula
para outra. Depois de transferido, o DNA da bactéria doadora se recombina com o
da receptora, produzindo cromossomos com novas misturas de genes. Esses
cromossomos recombinados serão transmitidos às células-filhas quando a bactéria
se dividir.
A transferência de DNA de uma bactéria para
outra pode ocorrer de três maneiras: por transformação, transdução e por conjugação.
-
Transformação
Na transformação, a bactéria absorve moléculas de DNA dispersas no
meio e são incorporados à cromatina. Esse DNA pode ser proveniente, por
exemplo, de bactérias mortas. Esse processo ocorre espontaneamente na natureza.
Os cientistas têm utilizado a transformação como uma técnica de Engenharia Genética, para introduzir genes de diferentes espécies em
células bacterianas.
![](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_sCrTTlTIzlpr5nwMy7xL8-nT4NAyw-oYq4ZhZyCNjcsgD0Qb39FYXkZ9ca2VQCEPYaQdUTMIlx0j_6B6A4MmWiFkaVJMqE_HKfQchlb-J02_FkNXQHi_Iet3m--RxD0tg=s0-d)
- Transdução
Na transdução, moléculas de DNA são transferidas
de uma bactéria a outra usando vírus como vetores (bactériófagos). Estes, ao se
montar dentro das bactérias, podem eventualmente incluir pedaços de DNA da
bactéria que lhes serviu de hospedeira. Ao infectar outra bactéria, o vírus que leva o DNA bacteriano o transfere
junto com o seu. Se a bactéria sobreviver à infecção
viral, pode passar a incluir os genes de outra bactéria em seu genoma.
-
Conjugação
Na conjugação bacteriana, pedaços de DNA passam diretamente de uma
bactéria doadora, o "macho", para uma receptora, a "fêmea".
Isso acontece através de microscópicos tubos proteicos, chamados pili, que as bactérias "macho" possuem em sua superfície.
O fragmento de DNA transferido se recombina com o cromossomo da
bactéria "fêmea", produzindo novas misturas genéticas, que serão
transmitidas às células-filhas na próxima divisão celular.
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![](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_s72Sj2kSqoS99bVh9CmYi3KBa83SSeVBcmyG9mwhWUSR79iOf3RQaBU7LryDQZ2kiYkkws0_SViyL0Fj70nvfmlZiEMd49m2lzjLiaXOzBclWUj4cQ_KtJFrDctqSnhg=s0-d)
Doenças
Tuberculose, Hanseníase, Cólera, Tétano, Meningite, Difteria,
Leptospirose, Coqueluche, Sífilis e Gonorreia.
Importância ecológica
Quando se fala em bactérias geralmente nos
lembramos de doenças, já que alguns desses organismos são capazes de causá-las,
sendo a penicilina, inclusive, considerada uma das maiores descobertas da área
médica por combater muitas dessas doenças.
Entretanto, esses seres procariontes foram
e são essenciais para a manutenção da vida em nosso planeta, a começar pelo
próprio fato de terem sido os primeiros organismos a aparecer na superfície
terrestre, há cerca de 4,6 bilhões de anos. Disponibilizando oxigênio na
atmosfera e reduzindo as concentrações de CO2, permitiram a colonização de
novos organismos. Além disso, mitocôndrias e cloroplastos são derivados de
bactérias endossimbiontes, ou seja: sem as bactérias, não existiriam células
eucariontes e, tampouco, células vegetais.
Bactérias decompositoras e saprófitas, juntamente com os fungos, são responsáveis pela reciclagem da matéria orgânica oriunda de organismos mortos e resíduos, como fezes e urina, transformando-a em moléculas de composição mais simples: papel essencial para que os ciclos do nitrogênio e oxigênio sejam desempenhados.
Quanto ao primeiro ciclo citado, bactérias do gênero Rhizobium, presentes em raízes de leguminosas, transformam o nitrogênio atmosférico em nutrientes, como nitritos e nitratos, para assimilação destes pelas plantas. Animais herbívoros, ao se alimentarem destas; e carnívoros, ao se alimentarem destes ou de outros carnívoros; também incorporarão tais substâncias ao longo da cadeia alimentar.
Outra associação mutualística se refere à presença de determinadas espécies no sistema digestório de animais ruminantes e de seres humanos (Methanobacterium smithii, Escherichia coli, Lactobacillus acidophillus, e as do gênero Pseudomonas, Acinetobacter e Moraxella). Lá, auxiliam na quebra de determinadas substâncias, como a celulose; produção de vitaminas como a D, K e B12; e, ainda, evitam a proliferação de patógenos. Na pele, contribuem na degradação de células mortas e eliminação de resíduos.
Ciano bactérias, ainda, podem se associar a fungos, formando liquens. Estes, além de bioindicadores da qualidade ambiental, criam condições para que novas espécies colonizem determinados ambientes, podem fixar nitrogênio e, ainda, serem utilizados na fabricação de corantes.
Bactérias decompositoras e saprófitas, juntamente com os fungos, são responsáveis pela reciclagem da matéria orgânica oriunda de organismos mortos e resíduos, como fezes e urina, transformando-a em moléculas de composição mais simples: papel essencial para que os ciclos do nitrogênio e oxigênio sejam desempenhados.
Quanto ao primeiro ciclo citado, bactérias do gênero Rhizobium, presentes em raízes de leguminosas, transformam o nitrogênio atmosférico em nutrientes, como nitritos e nitratos, para assimilação destes pelas plantas. Animais herbívoros, ao se alimentarem destas; e carnívoros, ao se alimentarem destes ou de outros carnívoros; também incorporarão tais substâncias ao longo da cadeia alimentar.
Outra associação mutualística se refere à presença de determinadas espécies no sistema digestório de animais ruminantes e de seres humanos (Methanobacterium smithii, Escherichia coli, Lactobacillus acidophillus, e as do gênero Pseudomonas, Acinetobacter e Moraxella). Lá, auxiliam na quebra de determinadas substâncias, como a celulose; produção de vitaminas como a D, K e B12; e, ainda, evitam a proliferação de patógenos. Na pele, contribuem na degradação de células mortas e eliminação de resíduos.
Ciano bactérias, ainda, podem se associar a fungos, formando liquens. Estes, além de bioindicadores da qualidade ambiental, criam condições para que novas espécies colonizem determinados ambientes, podem fixar nitrogênio e, ainda, serem utilizados na fabricação de corantes.
Importância
econômica
São importantes em: Indústria
de laticínios (produção de queijos, iogurtes, requeijão), na fabricação do
vinagre, na produção de antibióticos e vitaminas.
Artigo: Importância e efeito de bactérias psicrotróficas sobre a
qualidade do leite
A temperatura de armazenamento do
leite após a ordenha é o principal fator determinante da taxa de crescimento
bacteriano no leite não refrigerado, sendo os principais microrganismos
predominantes os mesófilos, os quais provocam acidificação do leite pelo acúmulo
de ácido lático, resultante da fermentação da lactose. O emprego de programas
de resfriamento do leite na fazenda após a ordenha, com posterior coleta e
transporte do leite em caminhões-tanque isotérmicos, tem aumentado
significativamente a qualidade do leite produzido; no entanto, com o uso destes
equipamentos, ocorre o predomínio de bactérias psicotróficas, que apresentam
boa capacidade de crescimento mesmo em baixas temperaturas. Este grupo de
bactérias apresenta capacidade de produção de enzimas lipolíticas e
proteolíticas termorresistentes, que mantém a sua atividade enzimática após a
pasteurização, ou mesmo, o tratamento UHT. Os principais problemas de qualidade
de produtos lácteos associados à ação de proteases e lipases de origem dos
microrganismos psicotróficos são: alteração de sabor odor do leite, perda de
consistência na formação do coágulo para fabricação de queijo e gelatinizarão
do leite longa vida. As principais fontes de psicotróficos do leite durante a
sua produção na fazenda são a superfície dos tetos e o equipamento de ordenha.
Desta forma, o rápido abaixamento da temperatura do leite após a ordenha é uma
das estratégias mais eficazes para garantir a boa qualidade microbiológica do
produto. Entretanto, esta prática deve obrigatoriamente vir acompanhada de
medidas de controle de mastite, adequados procedimentos de higiene durante a
ordenha, limpeza e desinfecção adequados dos utensílios e equipamentos de
ordenha e boa qualidade da água utilizada na fazenda
Conheça mais sobre as bactérias assistindo o vídeo abaixo
Jonathan Henrique Nº 16
Leandro Gérvasio Nº18
Victor Pinheiro Nº 29
Victor Ribeiro Nº30
Sabrina Carla Nº26
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